Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 15 de julho de 2017

Macau – XII Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas

Mais de 140 académicos e intelectuais de 14 países, ligados a cerca de 80 universidades, reúnem-se no Instituto Politécnico de Macau entre os dias 23 e 28 deste mês para a primeira edição, no Oriente, do Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas. Nas mais de 40 sessões, será dado grande relevo às literaturas portuguesa, brasileira e africana, cinema, estudos feministas, entre outros temas



A Associação Internacional de Lusitanistas (AIL) realiza na RAEM, entre os próximos dias 23 e 28 de Julho de 2017, a 12ª edição do seu Congresso em colaboração com o Instituto Politécnico de Macau (IPM). Há três anos - última edição - a maior associação de estudos de língua e culturas de língua portuguesa em todo o mundo aceitou a candidatura do IPM fazendo com que esta iniciativa chegue, pela primeira vez, ao Oriente.

“É para nós um desafio e uma responsabilidade muito grande, mas também o reconhecimento do que o IPM tem feito para desenvolver os estudos da língua portuguesa em Macau, na China e na Ásia”, destacou Carlos André.

O director do Centro Científico e Pedagógico do IPM realçou também que o papel do território como anfitrião reveste-se de um “significado muito especial neste diálogo de culturas onde o Português é claramente um elemento marcante”.

“Macau tem no seu ADN 400 anos de diálogo de culturas. Portugal reconhece isso, Macau e a República Popular da China também, mas é a primeira vez que é reconhecido por intelectuais do mundo todo e isto é um dado muito importante”, sublinhou. Além disso, é também a primeira vez que universidades de todo o mundo vêm afirmar com “muita clareza” que Macau tem um “papel a desempenhar”.

Nesse âmbito, há também mais-valias a retirar com a grande participação do IPM neste evento. Segundo sublinhou, trata-se sobretudo da “confirmação clara” que o Instituto Politécnico vai “continuar a desenvolver” a sua estratégia de desenvolvimento dos estudos do Português.

Em termos de adesão, chegaram a estar confirmados mais de 180 participantes, mas, “devido à situação de crise financeira no Brasil” assistiu-se a uma quebra de quase 40 no espaço de uma semana, explicou Carlos André. Assim, o IPM vai receber 142 oradores, de 14 países, em representação de aproximadamente 80 universidades, a maioria das quais de elevado prestígio a nível mundial.

A título de exemplo, serão ouvidas comunicações de docentes das Universidades de Oxford e “King’s Collegue” (Reino Unido), de Milão, Bolonha, La Sapiensa (Roma) e Nápoles (Itália), da Universidade de São Paulo e do Rio de Janeiro (Brasil). De Portugal, estarão representadas as universidades do Porto, Lisboa e Coimbra e da vizinha espanhola, as universidades de Salamanca e Santiago de Compostela. Entre os oradores, estão agendadas sessões com professores de Universidades de Santa Bárbara e Arizona (EUA) e ainda de Cracóvia (Polónia), Pequim e Xangai.

Além de quatro sessões plenárias - umas das quais dedicada à língua portuguesa no mundo com destaque para Macau e China - haverá 48 sessões paralelas com o contributo de académicos de renome internacional. Será dado destaque às literaturas portuguesa, brasileira e africana, a relação entre a literatura e o cinema, a história contemporânea e ainda muitos temas ligados aos estudos feministas no âmbito da literatura, sociologia e cinema.

A ex-ministra da Cultura de Portugal e docente na Universidade do Porto, Isabel Pires de Lima, Rui Vieira Nery, membro da direcção da Fundação Calouste Gulbenkian, Onésimo Teotónio de Almeida, professores de Português nos Estados Unidos e Hélder Macedo, docente no “King’s College” (Londres) são alguns dos convidados em destaque.

Por sua vez, Carlos Morais José (Macau), a brasileira Ana Miranda e o moçambicano João Paulo Borges Coelho vão, em conjunto, falar sobre aquilo que os une: a escrita.

Nesta edição, serão ouvidas intervenções de 16 académicos chineses, o maior número de sempre. “Se há professores chineses em grande número com comunicações aprovadas significa algo de muito importante: que os estudos do Português no Interior da China já evoluíram muito do ponto de vista científico”, vincou Carlos André. Catarina Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

Aceda ao programa do Congresso aqui. Para mais informações aceda ao sítio da Associação Internacional de Lusitanistas aqui. Baía da Lusofonia

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