Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 20 de agosto de 2016

Moçambique - Programa nacional de mecanização

O Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) espera formar, até ao início da campanha, 513 operadores, que correspondem ao universo dos tractores que estão a ser introduzidos no âmbito do programa de mecanização agrária em curso no país.

Brasilino Salvador, chefe do departamento de agro-pecuária no FDA, referiu que até ao momento foram formados 156 operadores, para além dos 56 gestores dos centros de serviços agrários.

Estas são as unidades desenhadas para a implementação do programa nacional de mecanização agrária, através da disponibilização de tractores e seus implementos para a preparação do solo.

“Já entregámos cerca de 65 por cento dos 513 tractores e respectivos apetrechos aos gestores seleccionados. Estamos a falar de 332 tractores e temos outros 22 gestores apurados que estão a assinar os contratos para os tractores em falta”, indicou.

Já foram estabelecidos 69 centros de serviços agrários, sendo 39 privados e 30 públicos. Com os 22 em fase de estabelecimento, devem totalizar 81 em todo o país.

O programa nacional de mecanização consiste no aumento dos níveis de produção e produtividade em Moçambique, através do incremento da área lavrada e indução do uso de insumos. Contempla ainda o aumento da renda e criação de emprego para os agricultores e comunidade no geral.

Brasilino falava no final de uma formação de cinco dias de 27 operadores de máquinas da província de Maputo, que teve lugar em Mafuiane, distrito da Namaacha.

O programa envolve um financiamento de 97 milhões de dólares em equipamento e assistência técnica. No quadro da formação terminada sexta-feira, o fabricante dos tractores LS, no Brasil, escolhido para esta fase do programa, fez deslocar um técnico para formar os tractoristas.

A equipa de formadores incluía técnicos da SOTEMA, empresa encarregue da assistência técnica do equipamento no país.

A expectativa do Governo é aumentar a produção com pacotes tecnológicos, insumos e todos os serviços agrários que devem estar disponíveis para os camponeses.

Ângelo Gonçalves, da LS no Brasil, destacou a importância da formação dos operadores.

As lições incluíram itens como produtividade do equipamento, economia de combustível, uso de implementos e segurança.

Por seu turno, Simões Gonçalves, sócio-gerente da SOTEMA, deu conta que com empenho e assistência o projecto de mecanização tem potencial de sucesso.

“A formação é importante. Este é um processo longo que carece de muita calma. É um desafio também para nós como empresa de assistência”, reconheceu.

Por seu turno, Armando Cossa, que gere o Centro de Serviços Agrários de Mafuiane, na Namaacha, referiu que a formação é oportuna.

“Havia operadores formados, mas tiveram de tomar contacto com novas máquinas que têm as suas especificidades. Precisamos de trabalhar com o agricultor do sector familiar. Se seguirem todo o processo da mecanização, a produção será boa. Temos extensionistas que nos vão ajudar neste processo. Tudo será muito mais fácil”, indicou Cossa.

Bernardo Dramos, seleccionado para o Centro de Serviços Agrários de Massaca, indicou que vai trabalhar atendendo a projectos de média e grande dimensão e às especificidades da comunidade que vai solicitar as máquinas. In “Jornal de Notícias “ - Moçambique

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