Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 27 de março de 2024

Portugal - Investigadores testam aplicação de óleos essenciais para eliminar e prevenir o crescimento de microalgas em monumentos

Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com Michal Komar, estudante da Lodz University of Technology, estão a testar os efeitos da aplicação de vários óleos essenciais para eliminar e prevenir o crescimento de microalgas terrestres, frequentemente, encontradas em fachadas de edifícios e monumentos.


Até ao momento, Michal Komar, a realizar Erasmus no Departamento de Ciências da Vida (DCV) da FCTUC, já testou sete substâncias diferentes, nomeadamente cinco óleos essenciais e dois compostos ativos puros contra biofilme verde, principalmente constituído por microalgas terrestres.

Esta investigação, intitulada “Biodeterioration of building materials by aerophytic algae”, «pretende desenvolver metodologias que possam ser aplicadas para prevenir o crescimento e eliminar organismos de bio deterioração em fachadas monumentais, utilizando substâncias ecologicamente seguras», explica o estudante.

De acordo com Nuno Mesquita, investigador do DCV e orientador do aluno polaco durante a sua estadia em Coimbra, as microalgas terrestres, além de provocarem danos estéticos e até estruturais nos monumentos, devido ao crescimento por vezes endolítico, podem ainda servir de suporte e alimento para outros organismos, como por exemplo os microfungos.

«A criação de biofilmes promove o estabelecimento de diversas comunidades de outros organismos, como microfungos, que posteriormente danificam os edifícios de forma grave, causando danos físicos e até químicos. As algas são colonizadores primários, o que significa que se prevenirmos o seu crescimento ou as eliminarmos, conseguimos prevenir colonizações subsequentes e assim evitar a deterioração dos monumentos/edifícios», acredita o investigador.

Neste sentido, «foram realizados vários testes com diferentes óleos essenciais, em placas de cultura e em amostras de materiais como tijolos vermelhos (constituídos por argila, carbonato de cálcio e areia). Os biofilmes formados e tratados serão submetidos à análise do seu perfil metabolómico, para avaliar as diferentes respostas a esses fatores de stress, em termos de presença e abundância de compostos orgânicos», esclarece Michal Komar.

«Os resultados obtidos são promissores e surpreendentes. Curiosamente, nem todos os óleos utilizados que impedem o crescimento das algas são os mesmo que permitem a sua eliminação. O próximo passo é repetir estes testes diretamente em diferentes tipos de pedra», concluem. Universidade de Coimbra - Portugal


China - Encontro sino-lusófono regressa com 600 empresários após quatro anos

Mais de 600 empresários vão participar num encontro empresarial da China e dos países de língua portuguesa, que regressa a 23 de Abril, após quatro anos de interregno devido à pandemia, foi anunciado


A previsão foi feita por Ji Xianzheng, secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum de Macau. “Os países lusófonos com certeza também vão formar delegações das instituições de promoção empresarial”, disse o dirigente chinês aos jornalistas.

As Linhas de Ação Governativa de Macau para 2024, divulgadas em Novembro, já tinham referido o regresso do Encontro de Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa.

A iniciativa vai decorrer no terceiro e último dia da sexta conferência ministerial do Fórum de Macau, que inclui a assinatura do plano de acção do organismo até 2027, documento que foi discutido ontem pelo Secretariado Permanente da instituição.

Após a reunião, Ji Xianzheng disse que o plano vai abranger novas áreas de cooperação, entre as quais a economia digital, o comércio electrónico, o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas.

A realização da sexta conferência ministerial, entre 21 e 23 de Abril, foi anunciada na segunda-feira, mas o secretário-geral garantiu que as preparações “não começaram ontem, começaram há vários meses”. Ji admitiu que o Fórum de Macau ainda está “a contactar com as capitais dos países lusófonos para recolher informações da formação das delegações”, mas demonstrou confiança na presença de ministros na conferência.

Cinco conferências ministeriais foram realizadas no território em 2003, 2006, 2010, 2013 e 2016, durante as quais foram aprovados Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial. Inicialmente prevista para 2019, a sexta conferência ministerial foi adiada para Junho de 2020, devido às eleições para a Assembleia Legislativa, mas com a pandemia da covid-19 acabou por não se realizar.

O Secretariado Permanente do Fórum integra três secretários-gerais adjuntos: o timorense Danilo Afonso Henriques (indicado pelos países lusófonos), Xie Ying (nomeada pela China) e Casimiro de Jesus Pinto (nomeado por Macau). O Secretariado Permanente inclui ainda nove delegados dos países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares no ano passado, o valor mais elevado desde que o Fórum de Macau começou a apresentar este tipo de dados oficiais, em 2013. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”




Portugal - 4.ª edição do Prémio Mário Ruivo – Gerações Oceânicas

Estão abertas as inscrições para a 4.ª edição do Prémio Mário Ruivo – Gerações Oceânicas


Na edição deste ano, dedicada ao tema “O Oceano e as Alterações Climáticas”, pretende-se sensibilizar para o nexus Oceano-Clima, a estreita relação e interdependência entre o Oceano e o sistema climático terrestre, crucial para compreender e abordar as alterações climáticas.

Os filmes submetidos pelos jovens cineastas vão ser avaliados em quatro categorias - Mensagem, Criatividade, Cultura Científica e Futuro.

O Prémio Mário Ruivo visa reforçar a consciencialização das gerações mais jovens para o reconhecimento do papel do Oceano, nas suas múltiplas dimensões, para a nossa sociedade e é uma homenagem ao Professor Mário Ruivo e ao seu legado.

 Tema "O Oceano e as Alterações Climáticas"

  Para jovens entre os 14 e os 21 anos

 Filmes até 7 minutos

 4 categorias a concurso

  Prémios de 2.000€ (por categoria)

 Candidaturas até 15 de setembro

Participa em: www.premiomarioruivo.pt. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I. P. - Portugal




UCCLA - Fernanda Ribeiro vence Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa

A obra vencedora da 9.ª edição do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa foi atribuída ao romance “Cantagalo” da autoria de Fernanda Teixeira Ribeiro, de 40 anos, de nacionalidade brasileira e residente em São Paulo, Brasil.

O júri decidiu, igualmente, atribuir duas menções honrosas:

- Poesia “Chão de Saibro” de Frederico da Cruz Vieira de Sousa, brasileiro, de 42 anos, residente Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;

- Romance “A Sintaxe da Guerra” de Joaquim Njungo Jeremias, angolano, de 29 anos, natural de Luena, província de Moxico, Angola.

De acordo com o júri, “Cantagalo” é “um romance de família, com Praxedes, nome obtuso, como centro da ficção. História de peripécias rápidas, diálogos vivos, o que atravessa este livro como rio subterrâneo é não só a condição feminina e a questão da escrita, mas a própria condição do Livro como possibilidade de escapar a uma vida vazia, concreta, feita de cenas sem sentido nesse lugar - Cantagalo - que é alegoria de todo o Brasil. Tudo numa dicção autêntica, um modo de pôr as personagens a falar que lembra, de facto, um outro mundo.”

Relativamente às menções honrosas, o júri refere que “Chão de Saibro” “reconduz-nos às experiências gráficas da poesia visual, da experimentação icónica do texto, transformando em verdadeiro texto-trama-tecido de palavras. Trata-se de um livro constituído por poemas onde o som e seus jogos se sobrepõem ao significado.”

No romance “A Sintaxe da Guerra” “África canta a sua dor”, onde os protagonistas “são alegorias de todos os que enfrentaram a guerra colonial. Trata-se de descobrir neste livro de prosa descritiva, de diálogos intensos, de fotografias aos interiores de vários infernos…, um modo de narrar que articula o performativo… com o romance social onde a mensagem da anti-guerra é só o nível mais óbvio desta voz comprometida.”

9.ª edição do prémio:

Esta edição foi lançada a 7 de maio de 2023 e encerrada a 3 dezembro de 2023.

Recebemos 168 candidaturas nesta edição oriundas de 15 países: Ásia (Timor-Leste), África (Países de Língua Portuguesa e Senegal), América (Brasil), Europa (Alemanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, Suíça), e Médio Oriente (Israel). De referir que o Brasil tem sido o país com o maior número de candidaturas.

Infografia desta edição:

https://www.uccla.pt/sites/default/files/infografia_premio_literario_uccla2023_24.pdf

Júri desta edição: Domício Proença, Brasil; Germano Almeida, Cabo Verde; Hélder Simbad, Angola; Inocência Mata, São Tomé e Príncipe; Pires Laranjeira, Portugal; Luís Carlos Patraquim, Moçambique; Luís Costa, Timor-Leste; Tony Tcheka, Guiné-Bissau; Yao Jing Ming, Macau; pelo Movimento 800 anos da Língua Portuguesa - João Pinto Sousa; pela UCCLA - Rui Lourido.

Vencedores das edições anteriores:

- 2023:

Primeiro prémio em ex aequo:

“Breviário de Medo e Malícia” de Leonel Araújo Barbosa, de 38 anos, de nacionalidade portuguesa, residente em Lisboa;

“Sentido Litoral” de André Bazzoni Bueno, de 44 anos, de nacionalidade brasileira, residente em Santa Cruz Cabrália, Bhaia;

Menções honrosas em ex aequo:

“Os Poemas Figurativos” de Paulo Jorge Monteiro Marques, de 52 anos, de nacionalidade portuguesa, residente em Lisboa;

“Sete Contos Insensatos” de Emanuel Vasconcelos Barbosa, de 56 anos, com dupla nacionalidade Portugal/Cabo Verde, residente no Estoril, Portugal.

- 2022:

1.º Prémio - “Caligrafia” de Alexandre Siloto Assine, brasileiro;

Menção Honrosa - “Três Dias em Fevereiro” de Ricardo Ferreira de Almeida, português;

- 2021:

“O Sonho de Amadeu” de Leonardo Costa Oliveira, brasileiro;

- 2020:

“O Heterónimo de Pedra” de Henrique Reinaldo Castanheira, português;

- 2019:

“Praças” de António Pedro Serrano de Sousa Correia, português, natural de Angola;

- 2018:

“Equilíbrio Distante” de Óscar Maldonado, de nacionalidade paraguaia, a residir em São Paulo, no Brasil;

- 2017:

“Diário de Cão” de Thiago Rodrigues Braga, de nacionalidade brasileira, natural de Corumbá, Goiás, Brasil;

 - 2016:

“Era uma vez um Homem” de João Nuno Azambuja, de nacionalidade portuguesa.

Mais informações sobre as edições anteriores:

https://www.uccla.pt/premio-literario-uccla

 

terça-feira, 26 de março de 2024

CPLP assina memorando de entendimento com Associação Internacional de Segurança Social


O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e o Secretário-Geral da Associação Internacional de Segurança Social (AISS/ISSA), Marcelo Abi-Ramia Caetano, assinaram um Memorando de Entendimento entre as duas organizações internacionais, no dia 26 de março de 2024, na sede da CPLP, na presença de Representantes Permanentes dos Estados-Membros junto da CPLP.

O documento enquadra o objetivo de promover a cooperação mútua em vários campos, designadamente, no que respeita ao ensino, pesquisa e promoção da segurança social.

Na ocasião, o Secretário Executivo recordou que “a AISS é candidata à categoria de Observador Associado da CPLP desde janeiro de 2023. No Plano de Atividades que acompanhou o processo de candidatura da AISS a Observador Associado da CPLP, resulta muito claro o potencial de colaboração entre as nossas organizações, no que diz respeito ao intercâmbio de conhecimentos e experiências, mas também no desenvolvimento de cooperação técnica no domínio dos sistemas de segurança social”.


Zacarias da Costa enaltece este ato de assinatura, “num cenário em que se antecipa a entrada em vigor, a breve trecho, da Convenção Multilateral de Segurança Social da CPLP e em que se prevê a realização de uma reunião extraordinária de Ministros do Trabalho e Assuntos Sociais da CPLP, no início do próximo mês de abril, que se debruçará sobre este tema” e que, realça o Secretário Executivo da CPLP,  “aprovará o seu Plano Estratégico de Cooperação Setorial, no qual seguramente constará o reforço da cooperação para a promoção de políticas sociais”.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

 

Angola - Diferentes métodos de gestão económica repercutidos em livro

Os novos métodos de gestão económica, no âmbito do mercado nacional, estão repercutidos no livro intitulado ‘Meso, Mor e Maxieconomia', para mostrar as possíveis soluções aos problemas socioeconómicos de Angola, numa autoria do académico Francisco Manuel (Lumbo)


A obra, lançada na passada sexta-feira, em Luanda, apresenta novos conceitos que se encaixam à economia no que diz respeito à gestão da coisa pública, servindo de complemento da macro e microeconomia, conta o autor.

A propósito do lançamento do livro investigativo, Francisco Manuel afirmou que anteriormente apenas se falava da macro e microeconomia, sem ter em conta a ‘Moreconomia', que é um novo ramo da ciência que trata de aspectos de maior relevância económica, estando acima da macroeconomia. Francisco Manuel frisou que a Maxieconomia como um ramo novo que trata de aspectos mais amplos a nível da economia mundial e se posiciona acima de todos outros ramos. De forma concreta, avançou que a maxieconomia é a fase de negociações entre organizações e os Estados.

Ao fazer apresentação do livro de Meso, Mor e Maxieconomia, com 160 páginas, o docente Rui Malaquias, reconheceu que o autor da obra traz de facto uma teoria inovadora, que serve de um ensaio para abordagem económica. E acrescentou que os novos conceitos económicos espelhados na obra adicionam matérias de forma mais específicas de todo sistema económico.

Perfil: Lumbo é o pseudônimo de Francisco António Manuel, angolano, nascido em 1953, no município da Quissama, Luanda. Licenciou-se em economia, pela Universidade Agostinho Neto (Angola). Concluiu o ensino primário na Companhia Angolana de Agricultura (CADA), Amboim, Kwanza Sul. Fez os estudos secundários nos liceus das cidades da Gabela, Sumbe, ex Novo Redondo, no Kwanza Sul e Uíge, ex Marechal Carmona. Foi funcionário público da Direcção Nacional de Administração e Finanças, do Ministério da Agricultura e Director do Cofre de Previdência dos funcionários públicos de Angola. Consultor do gabinete do primeiro provedor de justiça de Angola, reconduzido ao cargo pelo segundo provedor de justiça. Foi partícipe em algumas conferências nacionais e internacionais sobre direitos económicos, humanos e políticos. Seu primeiro trabalho de investigação científica intitulado "Os Multi-Sistemas Socioeconómicos", foi publicado em 2006.

Francisco António Manuel (Lumbo), foi homenageado em 19 de Abril de 2021, no Hotel EPIC Sana, em Luanda, perante individualidades nacionais e internacionais, com o primeiro prémio honorífico da Provedoria de Justiça, denominado "Diploma de Valioso Contributo na Defesa dos Direitos, Liberdades e Garantias dos Cidadãos" - a mais alta distinção pública dessa Instituição. Veio a reformar-se em Janeiro de 2021.

O seu tempo de lazer que sempre aproveitou é agora nutrido com a reforma e vai ajudá-lo a prosseguir com a investigação científica, sempre na perspectiva de contribuir para o bem da economia, do cidadão, do progresso social e do desenvolvimento. João Pedro – Angola in “Jornal de Angola”


Moçambique – Camões Centro Cultural acolhe apresentação do Catálogo Digital da UPCycles

Esta quarta-feira, às 18h00, o Camões – Centro Cultural Português em Maputo acolhe a apresentação do Catálogo Digital da Residência Criativa Audiovisual UPCycles 2019-2022, projecto organizado pela Associação Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM).


De acordo com uma nota de imprensa, a Residência Artística UPCycles é uma iniciativa de incentivo à criação artística, à mobilidade e ao intercâmbio entre artistas emergentes dos PALOP, cuja primeira edição se realizou em 2019. Durante um período de dois meses, num regime de desenvolvimento à distância, seguido de dias intensivos de finalização e montagem, os participantes são orientados para a concepção e criação de obras multimédia que “reciclem” imagens do arquivo audiovisual destes países e proporcionem novas interpretações da História e da Memória, a elas associadas, criando novas narrativas.

Acrescenta a nota de imprensa, o catálogo resume os trabalhos e contextualiza as primeiras três edições da residência criativa, foi desenhado pela DEZAINE Talk. A sua apresentação contará com a presença e participação da curadora residente, Ângela Ferreira, a historiadora Alda Costa, membro permanente do comité de selecção UPCycles, o realizador João Ribeiro, os designers e vários artistas participantes nas edições 2019-2022.

A UPCycles é organizada pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique, financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, e conta com o apoio da Fortaleza de Maputo – Direcção da Cultura da Universidade Eduardo Mondlane, Centro Cultural Franco-Moçambicano e Camões – Centro Cultural Português em Maputo. In “O País” - Moçambique